MÚSICA (Em construção)

 O que é música?

A origem da palavra música é grega. A etimologia está em musiké téchne, que significa a arte das musas, divindades que cantavam as memórias do passado. A técnica da música consiste em arranjar sons em uma sucessão, intercalados com períodos de silêncio, por um determinado período.

Entendida desta forma, a música é uma linguagem, uma forma de comunicação. É uma linguagem tão real quanto aquela que usamos para conversar, mas que vai além.

A música tem um poder de comunicação. A audição percebe a combinação de elementos sonoros. Por esta razão, percebe características como a duração do som, sua altura, intensidade e timbre, que ocorrem em diferentes ritmos, melodias ou harmonias.

 

Melodia, harmonia e ritmo

A melodia é a sequência de notas musicais. A sucessão de sons organizados proporciona um sentido musical ao ouvinte. É a melodia que permanece na memória depois de se ouvir uma canção. Mas a linha melódica não é solta no ar, ela é suportada pela estrutura harmônica. É a seleção de notas que compõem determinado acorde (formação sonora).

Em um sentido amplo, harmonia é a descrição do desenrolar ou progressão dos acordes ao longo de uma composição.

O terceiro elemento é o ritmo. É exatamente o embalo para a melodia sustentada pela harmonia. Pode-se ter o ritmo do samba, valsa, bolero, prelúdios, qualquer um dependendo da invenção e da composição. O ritmo dita o tempo musical e o estilo da música.

 

Características dos sons

O tempo mede a duração de um som na música, mas diferentemente como o tempo medido usando um relógio comum. A relação entre o tempo e a duração das notas musicais dá origem ao ritmo.

A forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons é chamada de altura. Quando a frequência é baixa, diz-se que o som é grave; quando é alta, diz-se que o som é agudo. Assim, o tom é a altura de um som na escala geral.

Quando se fala em timbre, distingue-se entre sons na mesma frequência que são produzidos em instrumentos diferentes. Por exemplo, uma nota reproduzida na mesma altura por um piano e por um saxofone são sonoramente diferentes.

 

Com estas características em mente, é possível percorrer a linha histórica da música.

A música é indissociável da cultura. Desde que o homem é homem, tem havido registros de música. Naturalmente, o ser humano observou os sons da natureza e percebeu que poderia reproduzi-los. Para entender a história da música, é necessário voltar aos tempos pré-históricos, passar pela antiguidade, pelos períodos medievais e modernos, e finalmente aos dias atuais.

 

De onde veio a música?

Não é fácil identificar quando a música começou, quem foi o primeiro a cantar, ou o primeiro instrumento criado. A melhor suposição é dizer que a música existe como uma linguagem desde que o próprio homem surgiu. Para entender melhor a origem da música, ao longo deste artigo serão apresentados resumos curtos da evolução da música através do tempo e de várias culturas.

 

Música na pré-história

Os primeiros homens ouviam o som das ondas, o canto dos pássaros, os sons que outros animais faziam para se comunicar, os trovões, os uivos do vento e os próprios batimentos do coração. Perceberam também que podiam produzir sons, por exemplo, batendo as palmas das mãos, os pés no chão e com sua própria voz. Há registros de uma flauta feita de osso datada de 60.000 a.C. Apesar deste dado arqueológico, as informações se tornam mais substanciais na Antiguidade.

 

A música no Egito

As referências iconográficas comprovam que no Antigo Egito, por volta de 3.000 a.C., havia instrumentos variados como o tambor, a harpa, a cítara e a flauta.

A música era um importante elemento religioso. Os antigos egípcios acreditavam que o deus Thoth era o criador da música, e que Osíris a tinha usado para civilizar o mundo. Na vida das comunidades, a música estava relacionada à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.

 

A música na Mesopotâmia

A região da Mesopotâmia estava localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Ali viveram sumérios, assírios e babilônios. Nessa região foram encontradas liras e harpas em 3.000 a.C. Harpas sumérias que tinham entre 3 e 20 cordas foram descobertas em escavações. Alguns objetos encontrados tinham mais de 5 mil anos. Além das harpas, arqueólogos também encontraram cítaras que pertenciam aos assírios.

E o mais impressionante foi o registro na mais antiga linguagem escrita do mundo: a escrita cuneiforme. Nele havia registros de músicos, geralmente dentro dos palácios ao lado dos monarcas.

 

A música na Grécia Antiga

Musica-na-Grecia-Antiga

O berço da cultura ocidental foi a Grécia, e com a música não foi diferente. A forma como a música é entendida hoje deve-se aos gregos, que já a consideravam uma forma de elevar o homem transcendentalmente e moralmente.

Apolo, por exemplo, era a divindade que regia as artes. Em muitas representações é possível vê-lo segurando uma lira, um dos mais antigos instrumentos de corda.

Qual é a importância da mitologia grega?

Os pré-socráticos, Sócrates, Platão e Aristóteles, entre muitos outros, entenderam que através da música as pessoas poderiam ser melhores. De acordo com Pitágoras, se não houvesse música no mundo, a alma adoeceria.

Platão, n’O Banquete, falou sobre a interferência da música na vida das pessoas. Em sua filosofia, explicou que a música poderia alterar o estado anímico das pessoas em direção à tristeza ou alegria, entre outros sentimentos.

Aristóteles foi mais longe e falou sobre a catarse.

Os gregos perceberam que a linguagem musical tinha valor educativo e moralizante, que poderia levar o ouvinte a uma catarse. E foram mais longe, pois a eles se deve um dos maiores desenvolvimentos na história da música.

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